sábado, agosto 04, 2007

As universidades

Ranking mundial

Cinco universidades brasileiras figuram entre as 500 melhores do mundo

Publicada em 03/08/2007 às 17h10m

Globonews TV e Giselle Saporito - O Globo Online

Prédio da UFRJ no Largo de São Francisco - Foto: Michel Filho - O Globo

RIO - Cinco instituições brasileiras estão no ranking das 500 melhores universidades do mundo, de acordo com o Institute of Higher Education, da Universidade de Xangai ( clique aqui e baixe a lista completa em pdf ), divulgado anualmente desde de 2004. São elas: a Universidade de São Paulo (USP), entre as 150 primeiras; a Universidade de Campinas (Unicamp), entre as 300; a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre 400; a Universidade Estadual Paulista e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Entre os parâmetros utilizados na avaliação, estão o número de publicações em revistas científicas e prêmios recebidos.

No ranking geral, os Estados Unidos ficaram com 17 das 20 primeiras colocações. A Universidade de Harvard lidera a lista, que tem em segundo lugar a Universidade de Stanford.

USP ocupa 41ª posição ranking do Institute Science Information

Para o pró-reitor de pesquisas em exercício da USP, Paulo Saldiva, embora seja um bom reconhecimento mundial, os critérios usados para o ranking divulgado nesta sexta deixam a universidade em desvantagem porque dá grande importância à internacionalização da universidade. Segundo ele, a USP ocupa a 41ª posição na pesquisa do Institute Science Information.

" Embora seja um bom reconhecimento mundial, estamos em desvantagem no critério internacionalização "

- Embora seja um bom reconhecimento mundial, nós estamos em desvantagem neste critério, principalmente por estarmos abaixo da linha do Equador. Por isso, universidades mexicanas e americanas são muito mais procuradas do que as universidades brasileiras - afirma Saldiva.

Saldiva destaca que o ranking do Institute Science Information, que mede o nível de pesquisas das universidades, mostra que as brasileiras estão evoluindo muito, mesmo tendo muito menos verbas do que instituições de outros países. Para ele, isso deveria colocar o Brasil em um patamar superior, já que se pesquisa muito com pouco dinheiro.

- O Brasil tem uma visão de investir em reformas políticas e esquece de investir suas tecnologias em prol do desenvolvimento do país. O conhecimento é uma comoditie. Entre os melhores colocados neste ranking de pesquisa estão países como China, Coréia e Índia, que possuem políticas de governo totalmente diferente, mas primam pelo investimentos em educação, incentivando a tecnologia desenvolvida em suas universidades para serem aplicadas em seus produtos - diz.

Ele lembra ainda que empresas que deram certo como Embraer, Embrapa e Petrobras investem maciçamente em pesquisas, e a prova é que são empresas de ponta reconhecidas mundialmente.

- Se a Petrobras não possuísse seu próprio centro de estudos, não estaria encontrando petróleo em águas tão profundas. O próprio projeto do biocombustível tem focinho, corpo e membros da USP. Infelizmente nós ainda não temos, no geral, a cultura de fazer parcerias para o desenvolvimento da tecnologia, a transformando em benefício para o país - disse.

Pró-reitor participa do Comitê Científico de estudos de poluição do ar da Universidade de Harvard

Além de pró-reitor da USP, Paulo Saldiva é um dos 10 pesquisadores do Comitê Científico de estudos de poluição do ar da Universidade de Harvard, a primeira no ranking. Segundo ele, o convite para participar do comitê é feito pela universidade através do número de publicações científicas realizadas pelos pesquisadores do mundo inteiro.

" A USP está brigando pela ponta em várias áreas e isso mostra a qualidade do seu ensino "

- Isso com certeza é uma forma de reconhecimento da universidade. A USP está brigando pela ponta em várias áreas e isso mostra a qualidade do seu ensino. O produto final da universidade é a pesquisa.

Saldiva comenta ainda que no topo da lista estão Harvard e a Universidade do Texas, mas que, por exemplo, na China e na Rússia, as melhores pesquisas são realizadas por academias, que são na verdade quem fazem o investimento.

- É como se o CNPQ, que investe em pesquisa recebesse o crédito de todos os estudos realizados por pesquisadores em universidades, conclui.



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